terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

5 pensamentos sobre Crowdfunding // 5 Thoughts about Crowdfunding


1.
Pode ser usado para tudo. Sério! Mesmo tudo.
Se julga o seu projecto ou causa, absurdo. Se pensa que o seu projecto, seja ele qual for, não se enquadra num cenário de Crowdfunding, pois no link que se segue fica o caso de alguém que criou uma campanha na plataforma Kickstarter com a finalidade de angariar dez dólares para uma salada de batata e acabou por conseguir mais de cinquenta mil dólares.
Veja AQUI

You could use it for anything. Yes! Anything.
EN (via google translate) - If you think that your project or cause is nonsense. If you think that your project or cause, whatever it is, does not fit into the Crowdfunding scenario, you better think twice because what I will show you the story of someone who had created a Crowdfunding campaign on Kickstarter with the purpose of raise ten dollars for a potato salad. At the end, he has accomplished to raise more than fifty thousand dollars. 
Check it HERE.

2.
Gerir uma campanha de Crowdfunding não é fácil ou tem garantias.  
Gerir uma campanha de Crowdfunding não é fácil, requer trabalho, empenho e bastante disponibilidade em termos de tempo.
Divulgar uma campanha de Crowdfunding nos social media requer um esforço hercúleo. As redes sociais são locais super populados, conseguir que a sua voz seja ouvida no meio do ruído e construir uma audiência não é tarefa fácil. O apoio de familiares e amigos na divulgação do seu projecto é essencial mas a longo prazo pode ser insuficiente pelo que deve pensar para alem desse nicho.
O retorno tanto em termos de apoios monetários como em termos de feedback não é imediato muito menos garantido pelo que ser persistente e paciente é necessário. A falta de feedback nos primeiros tempos comummente leva ao abandono da campanha..

It's not easy and have no garanties.
EN (via google translate) - To manage a Crowdfunding campaign is not easy. it means hard work, effort and a lot of time spent on it. 
To spread you Crowdfunding campaign all over the social media requires a herculean effort. Social media networks are super populated places, to stand out from the middle of all noise and build an audience is not an easy job. The support of your friends and family it's crucial but in the long term, it could be insufficient, so you better think beyond your circle! 
To get an initial feedback could take some time and it is not something that is guaranteed so you will need to have patience and be persistent. The absence of feedback is the main cause of quitting. 

3.

O seu projecto é importante porque é seu.
No que diz respeito concretamente ao Crowdfunding de causas, comummente nos deparamos com casos envolvendo não só condições socioeconómicas débeis como também questões relacionadas com doenças. É por isso fácil julgar que, perante tais casos, os nossos problemas são insignificantes ou que, mais que isso, a nossa acção seja fútil. Tal posição é errada. Os nossos problemas, os nossos anseios, objectivos, sonhos, são importantes porque são nossos e afectam-nos directamente, tentar superá-los, procurar realiza-los, não significa que se ignorem os problemas de terceiros, que se minimizem ou tão pouco desprezem. Para alem disso, sempre poderá retribuir o apoio recebido apoiando outras pessoas e outras causas.

Your cause matters because it is yours.
EN (via google translate) - Specifically talking about Crowdfunding for causes, it is quite common to find several campaigns involving not only fragile socio-economic situations but also a lot of them related to illness or medical expenses. In the presence of such facts, it is quite easy to think that your own problems are meaningless or worst, futile. But, you are wrong. Your problems, your goals, your hopes and dreams are important because they are yours and they affect you in a direct manner. Trying to overcome or reach it does not mean that you are being selfish or that you are diminishing others people troubles. If it stills representing a moral dilemma to you, think that, in the future, you could always "GiveForward" supporting other causes returning the support you have received. 

4.
Ninguém tem qualquer tipo de obrigação em suportar o seu projecto.
Seja pela partilha e divulgação da sua causa, quer seja pelo apoio monetário é necessário que se inicie uma campanha de Crowdfunding com a consciência que ninguém tem qualquer obrigação em suportar o seu projecto. Por mais grave que seja, por mais inovador ou promissor que pareça, por mais frágil ou urgente que seja a sua situação, ninguém tem a obrigação de colaborar quer na partilhar como no apoio monetário à sua campanha. Cada acção recebida, independentemente do valor ou forma, é um puro acto de generosidade e altruísmo por parte do seu prestador.

No One has the obligation of supporting your cause
EN (via google translate) - Regardless of the way used to support your campaign, either by donations or by sharing it on social media, it is quite necessary that you start your campaign aware that no one have the duty or obligation of support you and your campaign. Independently of how serious, fragile or urgent your situation is, independently of how innovative your project could seem, no one has to support or share it. 
Any action towards to support your cause, no matter the value or form, is a pure and free act of generosity from your supporter to you.  

5.
Você não esta sozinho
Independentemente do seu problema, projecto ou causa, possivelmente haverá alguém algures a recorrer ao Crowdfunding por motivos semelhantes, pelo que, qualquer tipo de embaraço ou complexo é desnecessário e não faz sentido. Falando em concreto de Crowdfundig para causas, leve em consideração que é necessário uma grande dose de coragem para admitir que se precisa de ajuda.

You are not alone
EN (via google translate) - Whatever are your project or cause, probably, someone somewhere is running a Crowdfunding campaign for similar reasons, so, any kind of embarrassment or inferiority complex feeling is totally unnecessary. Talking specifically about Crowdfunding for causes, take into account that it is necessary a huge dose of courage to admit that you need help. Trust me, I know. 



Ending this post just saying that the links for any of my shops are on the right side of this page (the big black dots). Feel free to visit share and buy something, it is also a nice way of supporting this campaign. "The Pudding Sticker", officially but not so much the symbol of this campaign, are just €2.52 / $2.66.

Also, do not forget to visit my Crowdfunding campaign on YouCaring and support it making a small donation or sharing it!

sábado, 25 de fevereiro de 2017

0.3 Crowdfunding – O que é // Crowdfunding – What is it?



PT - O termo Crowdfunding, traduzido de uma forma despreocupada significa financiamento por uma multidão todavia é comum empregar o termos “financiamento colaborativo”. O termo tornou-se popular nos últimos anos principalmente junto da comunidade mais ligada ao empreendedorismo, porem o crowdfunding não está limitado ao sector dos negócios.
Explicando de uma forma simplista, o crowdfunding baseia-se num modelo no qual, um grande número de pessoas doa ou investe uma pequena quantidade de dinheiro num projecto ou causa conseguindo assim angariar a quantidade necessária para o viabilizar.

O princípio no qual assenta o Crowdfunding pode parecer estranho, contudo nos últimos anos, vários projectos e ideias das mais diversas áreas tornaram-se possíveis um pouco por todo o mundo graças ao Crowdfunding

Recursos: eBook "The Crowdfunding Bible"  (ebook Gratis )

EN (via google translate) Crowdfunding is the practice of funding a project or venture by raising money from a large number of people. The word has become popular in the last years mostly within the entrepreneur community. However, the crowdfunding it's not just available for the business sector, individual or social causes can start a Crowdfunding campaign. 

Te principle behind Crowdfunding could look odd at the first sight, however, in the last years, several projects and ideas from the most distinguish areas have become real all over the world thanks to Crowdfunding.

Resources: eBook "The Crowdfunding Bible"  (Free eBook)


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domingo, 19 de fevereiro de 2017

O que aprendi numa semana de Crowdfunding // What I have learned in a week of Crowdfunding


              PT - Passou uma semana desde que iniciei a minha primeira campanha de Crowdfunding e, para ser honesto, confesso que não foi uma semana fácil. Parte do meu tempo tem sido gasto não só no planeamento da campanha, mas também na elaboração de ilustrações e, talvez o mais importante, a promoção da mesma junto das redes sociais.
 Todavia esta semana também foi uma lição de vida. Como possivelmente terão notado escolhi a plataforma YouCaring para hospedar a minha campanha de Crowdfunding o que obrigatoriamente me fez, e continua a fazer, percorrer por diversas campanhas. Descobri sobre tudo que é imensa a quantidade de pessoas a recorrer ao Crowdfunding para os mais diversos fins e descobri sobre tudo que, tal como eu, há uma imensidão de pessoas que recorrem ao Crowdfunding para suportar despesas de estudo e formação.
Então pude concluir duas coisas. A primeira foi que não estou só e que tal como eu há mais pessoas com dificuldades em suportar os seus estudos. A segunda foi que, numa sociedade nao bastas vezes apelidade de superficial, há pessoas para as quais a principal prioridade é a aquisição de conhecimento.
Honestamente, espero que todos consigamos atingir os nossos objectivos.

 EN (via google translate) - One week had passed since I've started my first Crowdfunding campaign and, to be honest, I have to confess that it wasn't an easy week. Some of my time was been passed not only planning the campaign, but also making illustrations and, maybe the most important, promoting on social media. 
However, this week was also a great lesson. You may probably have noticed that I've chosen YouCaring to start my Crowdfunding campaign. This fact made me scroll through several other Crowdfunding campaigns. I have noticed above all an enormous quantity of people appealing to Crowdfunding for a large array of different causes and also discovered that like me, there are a bunch of people trying to raise money to support their studies. 
So I kind of conclude two things. First of all, I am not alone and like me, actually exist more people who are struggling to support their studies expenses. The secund thing that I'm able to conclude is that in a society so many times called superficial, there are people for who the principal priority is the acquisition of knowledge.
Honestly, I hope that every one of us may reach our goals.


Do not forget about my stores (Society6 | Teepublic | Redbubble | Threadless ) and of my campaign on YouCaring. The links are on the right side of this page and you can help me by making a small donation or by buying something in one of my stores.

Best regards, Miguel.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

0.2 Blogging


PT - Lembram-se do vosso primeiro blog? Aquele que fizeram por moda, curiosidade ou porque o amigo também tinha? Sim! Aquele que ninguém notava e cujo contador de visitas anunciava pouco mais do que as próprias visitas e a de alguns amigos. Pois bem, a verdade é que toda a gente tem ou já teve um. Plataformas como o blogspot permitiram e continuam a permitir a muitos usuários possuírem um espaço na web para os mais diversos usos desde diários pessoais, a partilha de conhecimento, tendências, etc.
Pessoalmente eu pertenço ao grupo que tem por habito partilhar tendências, desde o meu primeiro blog, dedicado às arte, ao blog que giro actualmente na plataforma Tumblr dedicado a uma variedade de conteúdos que vão do design, à arte, passando pela arquitectura e fotografia. Intitula-se “A day in the land of nobody” e conta com perto de 20 mil seguidores.
Torna-se obvia então a necessidade da criação deste blog, neste caso, em formato “diário de navegação” (não significando necessariamente que as actualizações sejam diárias), que tem com intenção a divulgação e a partilha da minha primeira aventura no mundo do crowdfunding.
Ao longo dos próximos posts irei expor algumas das questões e duvidas que me surgiram em torno do crowdfunding como do que se trata e qual a sua finalidade, plataformas, recursos, dificuldades encontradas e legitimidade do mesmo, tentando sempre, de uma forma pessoal, manter um dialogo descontraído sobre a matéria.
Este espaço terá também como finalidade a angariação de fundos destinados a suportar o meu próximo ciclo de estudos (afinal de contas a finalidade do crowdfunding é a angariação de fundos), porem, toda a informação, posts e recursos, serão disponibilizados de forma gratuita.
Por fim, referir que este espaço irá conter uma visão pessoal, não pretendendo ser de todo, um manual sobre a maneira certa ou errada de gerir uma campanha de crowdfunding. Farei o possível para manter actualizações frequentes acompanhadas por novas ilustrações assim como, uma lista actualizada de recursos para aqueles que estejam também a pensar lançar a sua própria campanha de crowdfunding.  


EN (via google translate) - Do you remember your first blog? That one you have created because was trendy, curiosity or because that friend of yours who have one too. Yes! That one that nobody noticed and the traffic counter only shown your own visits! Well, for the seek of true, everybody have or had one! Platforms like blogspot allowed and still allowing for many people to own a space on the web for the more diverse uses, from personal journals, skill sharing, trends, etc.
I myself belong to the group of those who have for the habit to share trends. From my first blog dedicated to the arts to the blog I run now on Tumblr with a variety of contents from design to the arts, passing by architecture and photography. Under the name “A day in the land of nobody” it’s followed by near 20.000 followers.
So it’s quite obvious the intention and the need for this blog, in the case, in a journal format (not meaning necessarily that it will get diary updates), who have the mission of spread and share my first adventure in the crowdfunding world.
Over the next posts, I will expose some of the questions and doubts that will occur surrounding the crowdfunding subject, like what it is, what it stands for, platforms, resources, obstacles, legitimacy, etc, always trying to keep, an open and casual dialogue about the theme.
This space will have also the purpose of fundraising my master (so, in the end, is what crowdfunding is about), however, all the information, posts and resources will be available for free.
In conclusion, mention that this space will reflect a personal vision, and it is not my intention to make a manual of right or wrong ways of conduct a crowdfunding campaign. I will try to update as frequent as possible always keeping up with nice illustrations and a list of resources for those who are thinking on running their own crowdfunding campaigns.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

0.0 Ponto de situação


0.1 Situação corrente / Current situation


PT - Quando em 2010, acabado de terminar a minha licenciatura em Design, me preparei pela primeira vez para encarar o mercado de trabalho como profissional, levava comigo uma mala cheia de expectativas e umas quantas ideias pré concebidas sobre o que seria o trabalho na área. Acompanhava-as uma forte vontade de fazer, criar e evoluir. Na verdade, mesmo antes de ingressar no ensino superior, e tendo seguido um percurso na área das belas artes, já trazia comigo alguns conhecimentos da área assim como algum trabalho realizado. Entre as belas artes, a arquitectura e o design, optou-se pelo design industrial, uma decisão tomada não só pela curiosidade pela vertente, mas também com base nas restrições económicas que condicionavam a decisão. Ingressei então na UBI (Universidade da Beira interior), uma universidade localizada no interior de Portugal e que, a bem das minhas conveniências (e restrições orçamentais) se localizava na minha área de residência.
A Licenciatura foi concluída nos três anos previstos, optando então por adquirir alguma experiência laboral antes de prosseguir com a segunda fase de estudos (mestrado).
Foi em 2010 e Portugal encontrava-se já numa situação socioeconómica deveras debilitada. Não tardaria um ano para que o primeiro-ministro à altura, José Sócrates, anunciasse que iria pedir ajuda externa (6 de Abril 2011). Seguiram-se anos de regressão nos quais Portugal esteve sobre intervenção externa e nos quais a precariedade aumentou e o desemprego cresceu. Algumas das medidas tomadas mantêm-se ainda hoje.
A situação mostrava-se algo difícil, todavia, e ao contrario dos restantes colegas que finalizaram a licenciatura, não tardei a conseguir emprego que, mesmo em forma de estagio profissional, me garantia não só uma experiência real de trabalho, como um salário fixo no final do mês. Era porem um trabalho a prazo, com uma meta bem definida e, quando os objectivos foram cumpridos, o posto de trabalho depressa desapareceu.
Seguiram-se então outros trabalhos, cada vez menos certos, cada vez mais precários, uns mal pagos, outros cujo pagamento nunca chegou. Uns na área do design outros nem por isso, uns como freelancer outros que, mascarados de outra coisa, não deixavam de o ser. Somaram-se novos conhecimentos, novos cursos, uns pagos, outros não, sempre com a desculpa que seriam uma mais valia. Mas não o eram, principalmente aos olhos de quem procura pagar menos, pagar pouco ou não pagar!
Chegou 2017. A mala outrora cheia de expectativas esvaziou-se, os preconceitos dissolveram-se e a vontade de fazer o que quer que seja por vezes falha. O ano cruzou-se como estatística, mais um entre tantos desempregados. Não comi passas nem houve desejos, aqui acredita-se que as coisas se conseguem com trabalho, não com base em mitos, muito menos milagres.
Na cultura do empreendedorismo, a qual nos últimos anos ganhou tanto protagonismo (chagando por vezes a assemelhar-se ao culto quase ao nível da cientologia), fala-se não bastas vezes que é necessário transformar as dificuldades em oportunidades, esquecem-se que, e citando José Ortega y Gasset “O homem é o homem e suas circunstancias” e por estes lados as circunstancias são as de alguém desempregado e sem recursos mas, que por outro lado, não tem intenções de parar.
O ano é de 2017, a situação de Portugal continua frágil, todavia o desemprego dá sinais de querer diminuir e a economia de recuperar. Porem a precariedade laboral, que afecta em particular as áreas da criatividade, continua a reinar não só por meio dos baixos salários, como pela aposta das entidades em estágios ou trabalho não remunerados. 2017 é o ano que comecei como desempregado, mas também é o ano em que tenho tempo para prosseguir com o segundo ciclo de estudos. Quando em 2010, no final da licenciatura, decidi que deveria adquirir alguma experiência laboral antes de me lançar num mestrado, nunca esperei que passassem sete anos antes de me decidir a faze-lo. Porem a dificuldade surge aqui como uma oportunidade, é o optar por não fazer nada ou fazer algo de útil, seguir em frente.
Voltando atrás, ao estágio que consegui no final da licenciatura, foi-me dito que a falta de meios não é uma desculpa, e que, havendo vontade e ideias, os meios arranjam-se.
Quem eu sou? Miguel Batista, licenciado em Design Industrial, actualmente promovendo uma campanha de Crowdfunding de forma a viabilizar o seu Mestrado. 


EN (via google translate) - When in 2010, just finished my graduation in Design, and prepared myself to, for the first time, face the work market as a professional, I carried with me a bag full of expectations and a few pre-conceived ideas about what would be to work in the design field, followed by a strong desire of create something and evolve as a designer. In the past, even before I join the university, but coming from a path insert in the arts field, I had already some knowledge about the area and also some work done in the field. From Arts, architecture and design, I’ve chosen Industrial Design, a decision based not only by the interest in the area, but also guided by the economic restrictions that somehow, add a huge influence. I have joined UBI (University of Beira interior), a University located in the interior of Portugal and, in my convenience (and economic restrictions) located in my residence area.
I accomplished my graduation, as expected, passed three years and, at the time, I chose to gain some work experience in the field before I proceed with a Master degree.
It was in 2010 and Portugal was already in a complex socioeconomic situation. It would not take a year before the prime minister at the time, José Socrates, announced that Portugal would request for external financial support (6 April 2011). The followed years were a period of economic regression where Portugal was under external intervention and where insecurity and employment were rise. Some of the taken measures, still on today.
The situation seems odd, however, and unlike my other mates, I accomplished to get a job, even in the internship form, but who provides me a real work experience in the design field and a regular income at the end of the month. It was, however, a job with a term and with well-defined goals, and, when those goals were reached, the job quickly vanished.
Other works had followed, more and more insecure, poorly paid, or others which payment never arrived. Some in the design field, others not at all, some as a freelancer, others which, covered of something else, remain the same.
Then, the persecution for more knowledge was started, always with the excuse of, maybe, more knowledge means more value, a more valuable asset. But it was not. Especially for those who only look for pay less or pay nothing.
2017 has arrived. The bag once full of expectations is empty, the idyllic image of the design field is gone like the desire to make whatever it is.
I crossed the New Year like statistic, one more in the middle of a crowd without a job. However, New Year means new resolution.
The entrepreneur culture, which, in the last years reach an all new protagonism (sometimes in a cultish manner), told us that, sometimes we need to transform the obstacles in opportunities, well, forgot to tell that, like José Ortega y Gasset once told, “the man is the man and his circumstances” and, my circumstances are the circumstances of someone without a job and without resources, but, on the other side, with no intention of giving up!
We are now in 2017. The sócio-economic situation of Portugal stills delicate, however, the unemployment rates and the economy are showing slightly signals of improvement. Nevertheless, the creative fields remain affected by an insecurity feeling, where companies follow low wages policies and the internships, where any kind of payment is included, are the tendency.
2017 is the year I started with no job, nevertheless, for the first time in years, I actually have time to accomplish another goal, my Master Degree. When in 2010, at the end of my graduation I decide to get some work experience before proceed with a Master degree, I never thought that seven years will pass before I decide to do it.
Going back in time, and reminding the internship I managed to in the end of my graduation, I remind the occasion where my boss told me that the lack of means is not an excuse and that if you truly have guts and ideas, the means are the easiest part!
Who I am? Miguel Batista, graduated in Industrial Design, Crowdfunding a Master's Degree.